Não importa o tamanho da sua empresa: uma hora ou outra será necessário que algumas questões financeiras sejam revistas e organizadas. Nesse ponto, se é um estabelecimento de grande porte, é comum que isso já esteja na sua estrutura, mas sabemos que o planejamento financeiro para pequenas e médias empresas pode parecer um assunto distante.
Pensando na importância desse tema, separamos os principais pontos sobre o planejamento para pequenas e médias empresas. Confira!
O que é planejamento financeiro?
O planejamento financeiro é a maneira como a sua empresa se organiza para ganhar dinheiro, pagar suas despesas e alcançar os lucros esperados. Diante disso, ele abrange diferentes áreas do negócio, como a precificação dos produtos ou serviços, o controle dos custos, a preservação da receita a longo prazo, entre outras.
Por que o planejamento é importante?
O planejamento financeiro é uma parte crucial para qualquer negócio. No caso das pequenas e médias empresas, por suas operações estarem em risco todo o tempo, afinal, há menos recursos, todo o investimento feito precisa ser calculado nos últimos detalhes.
Em termos gerais, esse tipo de planejamento será a estrutura de todas as operações. Sua execução é fundamental para determinar as principais decisões financeiras, econômicas e operacionais. É a partir dele que são definidas as metas, as conjecturas dos cenários e as ações relacionadas às finanças.
Para os gestores, independentemente do momento em que é feito, o planejamento é um ponto crucial para analisar as operações e descobrir se a empresa está alcançando o objetivo desejado. Agora que entendemos a importância dessa atividade, vamos conferir algumas dicas de como fazê-la. Acompanhe!
Como realizar o planejamento financeiro para pequenas e médias empresas?
Antes de começarmos a apresentar os passos do planejamento, é importante entender que não é possível executá-lo bem sem estar por dentro do seu negócio. Isso significa que entender como os processos da sua empresa funcionam é fundamental.
Nesse quesito, é importante saber questões como de que forma os recursos são consumidos, quais são os tipos de clientes, os mercados, o perfil dos seus fornecedores etc. Assim fica mais fácil seguir os passos que apresentamos aqui e executá-los. Dito isso, vamos conhecê-los.
Registre as operações
Esse é um dos primeiros passos para realizar um bom planejamento financeiro. Afinal, não há como você saber para onde ir se não souber onde está.
Por sua empresa ser de pequeno ou médio porte, esse processo, apesar de não parecer, pode ser um pouco mais complicado. É importante que você utilize algum tipo de registro, pois isso ajudará na sua organização. Nesse caso, planilhas são uma ótima ferramenta.
O objetivo aqui é registrar tanto as contas a pagar quanto a receber — assim você terá um panorama mais completo da situação do seu empreendimento. Além disso, se você não tinha o hábito de supervisionar cada recebimento, agora é o momento. Isso será muito útil para realmente saber se suas metas estão sendo atingidas, além de ser uma ótima ferramenta para fazer previsões em relação aos recursos da empresa.
Avalie os gastos
É importante deixar claro que os gastos que estamos falando são aqueles que não acrescentam valor e que são desnecessários para os processos da sua empresa, como a fabricação de produtos e o atendimento aos clientes.
Se você já começou a registrar as operações, provavelmente tem uma ideia de para onde vai o dinheiro da sua empresa. À medida que for analisando os gastos, não tenha medo de fazer cortes. Mesmo que tudo pareça essencial, há sempre algo que pode ser deixado de lado.
Caso tenha dificuldade, procure dividir os gastos em duas categorias: fixos e variáveis. A primeira está relacionada àquilo que será gasto independentemente da operação da empresa — aluguel, IPTU, salários, entre outros. Já os custos variáveis dizem respeito aos itens que têm seus custos associados ao volume de produção/vendas — matérias-primas, frete, embalagem. Unitariamente, tendem a se manter constantes, no entanto, o gasto total depende do volume fabricado/vendido.
É fundamental que, no momento de realizar essa tarefa, se tenha um bom entendimento da importância dessas despesas na empresa, para evitar erros e buscar a otimização dos recursos de forma inteligente.
Acompanhe o fluxo de caixa
O fluxo de caixa é uma parte muito importante do planejamento financeiro. Mesmo para pequenas e médias empresas, essa é uma área significativa para acompanhar, já que é por ela que se mantém o controle das entradas e saídas de dinheiro do empreendimento. Além disso, o fluxo de caixa é um ótimo aliado no conhecimento de quanto se tem e para onde os rendimentos vão.
Acompanhar o fluxo de caixa pode ser uma boa estratégia na hora de definir as metas e os objetivos, visto que os dados obtidos ajudam a ter uma noção exata das movimentações de determinado período. Assim, há informação suficiente sobre a quantia disponível para investir nos planos da empresa.
Trace metas e objetivos financeiros
De fato, quando se tem uma pequena ou média empresa, as atenções estão todas voltadas para se manter no mercado. Na maioria das vezes não há tempo para pensar em metas, e espera-se que o crescimento aconteça aos poucos. No entanto, esse é um erro terrível e que pode fazer com que o empreendimento não vá muito longe.
As metas e os objetivos são uma ótima forma de desenvolver um norte para as finanças, inclusive para que o processo de alcance seja mais fácil. Para defini-los, é possível utilizar algumas estratégias.
Busque respostas para as seguintes perguntas: onde queremos estar daqui a 6 meses? Quais áreas da empresa precisam de mais investimento? Quanto tempo será preciso para isso? A partir daí, será mais fácil continuar a jornada do seu empreendimento — já que os objetivos estarão bem determinados e você saberá por onde começar.
Analise os diferentes cenários
Aqui é uma chance de desenvolver as projeções sobre o seu negócio. Isso significa que todo tipo de situação deve ser pensado pelos gestores do seu empreendimento. Para o seu o planejamento financeiro, esse tipo de conduta será fundamental.
Nesse caso, trabalhe com 3 cenários. O primeiro é o mais real, em que os objetivos são estruturados visando a situação atual da empresa, sem muitas ambições. O segundo é o positivo. Aqui, pense em como você quer que a sua empresa esteja daqui a um tempo. O ideal é imaginar um grande crescimento financeiro e o que é preciso fazer para chegar lá.
Já o terceiro é o negativo: a ideia é imaginar que o empreendimento passa por dificuldades e o que se pode fazer para sair dessa situação. O importante é fazer essas projeções, pois você se previne de surpresas futuras e tem mais segurança para agir.
Conte com a ajuda de um consultor
Investir no seu negócio é bom, mas é claro que isso deve ser feito com cuidado, analisando as condições financeiras do empreendimento e prevendo o retorno esperado. Questões como fluxo de caixa, as contas a pagar e a receber e o capital de giro são pontos importantes, que mesmo para um empresário experiente exigem tempo e atenção.
Nesse caso, se há dificuldades em cuidar desses assuntos e também em administrar as outras operações da empresa, pode ser a hora de pedir ajuda profissional. Ir atrás de um consultor é uma boa solução para lidar com essas questões e não prejudicar o desempenho do seu empreendimento.
Ele será capaz de analisar as suas finanças sob um aspecto isento, o que mostrará coisas que você não consegue enxergar. É um investimento em uma visão mais profissional e com embasamento para ajudar o seu financeiro, além de colaborar para o crescimento da sua empresa.
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