Quantas vezes você já ouviu falar em eficiência e eficácia? Afinal de contas, qual a diferença entre elas? Como se calcula cada uma delas? Leia nosso post e veja o que é e como calcular a eficiência e a eficácia.
Muitas empresas utilizam os conceitos de eficiência e eficácia como sinônimos ou de forma equivocada. Mais interessante ainda são aquelas empresas que dizem ter mais de 100% de eficiência (já adianto que isso é impossível!).
Qual a definição de eficiência e eficácia?
Na verdade, os conceitos de eficiência e eficácia estão relacionados ao que eu poderia ter feito com minha capacidade instalada (eficiência) e o que eu deveria ter feito com a capacidade que utilizei (eficácia).Ainda, a eficiência é um índice global, ou seja, se utilizei ou não a capacidade consideramos a sua totalidade. Já a eficácia, não nega que eventualmente eu não utilizei toda a capacidade, no entanto ela mensura o quão eficiente a empresa foi ao utilizar os recursos.
Exemplo Ilustrativo
Para tornar o conceito mais claro, aqui vai um exemplo: Determinada empresa possui um processo produtivo que possui disponibilidade mensal de 300 horas. Apesar disso, em determinado período foram utilizadas apenas 240 horas (nas 60 restantes o processo ficou parado, seja por falta de demanda ou por desbalanceamento dos processos). Este processo tem envolvimento com a produção de dois itens, A e B. O item A necessita de 0,5 horas no processo e o item B de 1 hora. Neste período foram produzidos 240 itens A e 110 itens B.
Sendo assim, tem-se que a produção horária equivalente foi de 230 horas (240 A * 0,5 horas + 110 B * 1 hora). Desta forma, a eficiência é dada pela razão da produção pela disponibilidade:
EFICIÊNCIA = Produção/ Capacidade instalada = 230/300 = 76,67%
Já a eficácia, ou seja, a eficiência com que a empresa produziu os produtos nas 240 horas em que utilizou o processo, foi de:
EFICÁCIA = Produção/Capacidade instalada = 230/240 = 95,83%
Reconhecendo a diferença
Perceba que a eficiência é um índice global, já a eficácia avalia a qualidade do trabalho nas horas em que se trabalhou, não negando que as horas não utilizadas tenham impacto nos processos, custos e rentabilidade dos produtos.
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Rafael Fontoura Andriotti