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Como saber se a empresa teve lucro ou prejuízo? Entenda!

Quando um empreendedor abre um negócio, seu objetivo sempre será ter uma operação de saldo positivo, afinal, ninguém vai para o mercado pensando em sair perdendo. Às vezes, no entanto, em virtude dos diversos fatores que influenciam no dia a dia — principalmente a movimentação financeira —, ele pode acabar tendo uma impressão errada sobre o que está acontecendo de fato.

Um negócio que vende bem não necessariamente é saudável. Então, como saber se a empresa teve lucro ou prejuízo? Neste artigo, explicaremos melhor os conceitos que ajudam a tirar essa dúvida, fornecendo também algumas dicas a respeito da lucratividade de uma PME. Vamos conferir?

Qual é a diferença entre faturamento e lucratividade?

O demonstrativo de resultados de uma empresa permite indicar aos proprietários, às autoridades e aos demais eventuais interessados qual foi seu desempenho em certo período. Por meio desse documento, é possível verificar as receitas, custos, despesas, impostos, pagamento de juros, depreciações e o lucro do negócio. Por esse motivo, tem importância gerencial.

Em termos da gestão do negócio, como já mencionamos, é fundamental compreender que nem sempre uma empresa que vende muito é lucrativa. Seu faturamento é fruto do seu esforço de vendas. O valor da receita apurada é calculado multiplicando a quantidade de produtos ou serviços vendidos por seus respectivos valores.

Já para o cálculo da lucratividade, é preciso levantar todos os gastos que a empresa teve no período. Entre eles, podemos citar as taxas, compra de matérias-primas e insumos, marketing, logística e demais componentes que mantêm a operação de pé.

Ou seja, se não houver eficiência na operação, a empresa consegue ter um bom faturamento, mas, ainda assim, amargar prejuízos no período, uma vez que as receitas podem não ser suficientes para cobrir os custos e despesas. É justamente nisso que muitos empreendedores se perdem.

O que fazer para melhorar o controle?

Na prática, as operações ganham em complexidade. Há vendas que são feitas parceladas ou para pagamento apenas no futuro. Há taxas de desconto cobradas pelas empresas de cartão de crédito, além das despesas sazonais e imprevistos, fazendo com que seja necessário gastar fora do planejado. Tudo isso pode fazer com que o empresário deixe de ter a real noção do quanto está lucrando.

Nesse sentido, buscar o controle gerencial é muito importante. É preciso trabalhar com números assertivos e constantemente atualizados, que permitam ter a noção exata do quadro geral da empresa.

Categorize custos

Se você quer saber sua lucratividade, é fundamental compreender a estrutura de custos. Para que as operações sejam sustentáveis ao longo do tempo, cada venda feita precisa representar um saldo — depois de deduzidos os custos de produção ou de prestação do serviço.

Quando a empresa categoriza corretamente seus custos, ela sabe o que pode fazer para reduzi-los e priorizá-los. É melhor investir na manutenção do maquinário ou planejar para substituir os equipamentos? Vale a pena renegociar com os fornecedores atuais ou é mais interessante buscar novas opções? Talvez seja interessante contar com uma consultoria especializada para ajudar nesse processo.

Interprete os resultados da operação

Só se gerencia aquilo que se mede. Essa ideia apresentada por William Deming, importante estudioso da melhoria nos processos produtivos, nos dá uma orientação importante acerca do trabalho de um gestor. Para tomar decisões corretas e de alto impacto, é preciso fazer uma apuração dos números da empresa que seja a mais realista possível, pois, imprecisões nessa atividade podem induzir escolhas erradas.

Contudo, de nada adianta o melhor sistema de levantamento de receitas e custos se você não souber o que fazer com ele. É necessário interpretar as variações. Entender se uma queda foi fruto de uma eventualidade ou se representa uma tendência. Ler o cenário de mercado e avaliar como mudanças propostas pelo governo, entradas de novos concorrentes ou pressões inflacionárias na economia influenciarão seu dia a dia.

Identifique falhas gerenciais

Quando você consegue demonstrar corretamente seus resultados e tem todas as informações organizadas, será possível identificar alguns erros que eventualmente foram tomados por desconhecimento. Um dos mais comuns é relativo à precificação. Muitas vezes, as empresas vendem seus produtos por valores abaixo do que deveriam, sem ter total dimensão do que isso acarreta.

Pode ser que, por exemplo, você conceda um desconto que faça com que aquela venda represente perda em vez de ganho, caso se esqueça de apropriar todos os custos e despesas associadas. Para isso, é muito importante conhecer o chamado Ponto de Equilíbrio Financeiro, índice que representa o momento em que as receitas igualam os gastos.

Vamos pensar em um exemplo bem simples, apenas para facilitar o entendimento. Imagine que você venda determinado produto por R$ 10,00 e os custos variáveis de cada um seja de R$ 4,00. Ou seja, a margem de contribuição de cada venda é de R$ 6,00. A estrutura de gastos fixos é de R$ 2.400,00. Dessa forma, é preciso vender 400 itens para atingir o Ponto de Equilíbrio Financeiro.

Defina uma estratégia de ação

Uma vez que você conhece a realidade do seu negócio, torna-se mais fácil determinar meios para melhorar seus controles, de forma a ter sempre uma representação fidedigna do cenário. Como vimos, é comum que o empreendedor se perca nesse processo justamente por não desenvolver habilidades correlacionadas ao gerenciamento das finanças.

Uma ação interessante que pode ser adotada é a conferência do saldo nos bancos, verificando, ao final de todos os dias, quais foram as movimentações e fazendo a conciliação. Podemos também criar planilhas ou utilizar sistemas para lançar as vendas nos prazos, com as datas de vencimentos dos boletos.

Além de ajudar a projetar o fluxo de caixa, esse tipo de controle é fundamental na gestão da inadimplência. Se você conta com dinheiro que não recebeu efetivamente, aumenta as chances de que não saiba se houve lucro ou prejuízo no período.

Uma boa gestão é, portanto, imprescindível para que sua apuração seja precisa e o crescimento de empreendimento real.

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